Sob intervenção determinada pela Executiva Nacional do partido, o PSDB não faz mais parte da base da governadora Raquel Lyra, que em 2022 se elegeu na legenda e recentemente migrou para o PSD. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (3) pelo interventor nomeado, o deputado estadual Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Em reação à intervenção, os 32 prefeitos eleitos pelo PSDB no estado anunciaram suas desfiliações, juntamente com a vice-governadora Priscila Krause, que havia se filiado há menos de um mês. Também deixa o partido o presidente destituído da legenda, Fred Loyo, que integra o grupo político da governadora (veja carta mais abaixo).
Em nota, a comissão interventora do partido, presidida por Porto, disse que a Executiva Nacional constatou "tanto ingerência externa e desvio da política nacional do partido, como aspectos que violaram a integridade partidária". A intervenção deve durar 180 dias, podendo ser prorrogada.
A presidência destituída publicou uma carta conjunta em que disse que a decisão é "injustificável" e "sem legitimidade política", e que "representa um episódio de violência política e desrespeito na contramão de tudo o que sempre defendeu o PSDB: o respeito às regras, a decisões colegiadas e, acima de tudo, ao diálogo".
A nota também afirma que a presidência do diretório estadual, representada por Fred Loyo, foi escolhida de forma unânime e que, a partir dela, o partido saiu de cinco prefeitos eleitos no estado para 32, se tornando a legenda com maior número de prefeituras nas eleições de 2024.
"Importante destacar que essa caminhada se deu através de diálogo, compromissos e convergências, fortalecendo o partido em todas as regiões do estado. Seguimos juntos e certos de que construímos um projeto vitorioso que continuará servindo a Pernambuco com coragem, integridade e compromisso com as pessoas", afirma a nota.
Fonte: g1 Pernambuco
Álvaro Porto (PSDB) e Raquel Lyra (PSD) — Foto: Reprodução/TV Globo