Apesar da redução de 5,4% em 2024, Pernambuco permanece entre os estados com maior taxa de mortes violentas intencionais do País e acima da média nacional. As estatísticas foram divulgadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No ano passado, Pernambuco somou 3.466 mortes. Em números absolutos, perdeu apenas para a Bahia (com 6.037 registros) e o Rio de Janeiro (3.787).
Com relação à taxa de mortes por 100 mil habitantes, Pernambuco ficou em 5º lugar (caiu duas posições, em comparação com 2023). O índice foi de 36,33 registros, acima da média nacional, que foi de 20,75.
O Estado do Amapá, marcado pela intensa disputa do tráfico internacional de drogas, ficou na liderança. A taxa foi de 45,09 mortes por 100 mil habitantes. O Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), principais facções do Brasil, estão presentes no Estado.
Na sequência, apareceu a Bahia (40,65), Ceará (37,48) e Pará (36,51).
Interessante notar que o Rio de Janeiro é o segundo estado com maior número de mortes, mas a taxa por 100 mil habitantes foi de 21,99.
Nas mortes violentas intencionais, estão incluídos os homicídios dolosos, latrocínios, feminicídios, lesão corporal seguida de morte e os óbitos decorrentes de intervenções policiais.
Basil teve média diária de 121 mortes
No total, o País registrou oficialmente 44.103 mortes no último ano. A média foi de 121 vidas perdidas diariamente. Apesar disso, houve uma redução de 6,48% em relação a 2023, quando 47.160 pessoas foram assassinadas.
Na Bahia, que lidera em número absoluto de registros, há uma forte guerra entre facções criminosas pelo domínio do tráfico, mas também uma quantidade alta de óbitos ocorridos em ações das polícias.
Para se ter uma ideia, 1.557 mortes em intervenções das forças de segurança foram contabilizadas na Bahia no ano passado. São Paulo aparece em 2º lugar, com 749 registros (um pouco menos da metade).
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