A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre Tocantins e Maranhão, em 22 de dezembro, trouxe à tona a precariedade estrutural de muitas pontes federais pelo país. De acordo com relatórios recentes, 727 pontes estão em estado de risco no Brasil.
Um exemplo emblemático é a Ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra, que conecta Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), pela BR-407. Com tráfego diário de cerca de 45 mil veículos, ela desempenha papel crucial para a economia e mobilidade da região, mas sua situação estrutural tem gerado preocupação.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) esclareceu que a última inspeção foi realizada em janeiro de 2021, a estrutura foi classificada com a nota 2 (considerada ruim), mas sem risco iminente de colapso, além disso um projeto de serviços está em fase de análise para posterior licitação. Ademais, a ponte é monitorada pelo SGO, que inclui 6.224 estruturas em todo o Brasil.
O DNIT enfatiza que a nota não determina a interdição imediata, mas serve como um indicativo para priorizar ações preventivas e corretivas.
Apesar das garantias do DNIT, o fato de a ponte estar há quase quatro anos sem intervenções efetivas acende um alerta para os riscos de acidentes. Diante da recente tragédia em Tocantins, a população e lideranças regionais têm cobrado maior celeridade nas obras de manutenção.
A conservação de pontes é essencial não apenas para evitar acidentes graves, mas também para manter a fluidez no transporte de cargas e passageiros, especialmente em regiões economicamente dependentes de rotas rodoviárias, como o Vale do São Francisco.
A tragédia recente evidencia a urgência de um plano de ação nacional robusto para modernizar e manter a infraestrutura do país, garantindo segurança e eficiência para todos.
As informações são da Rede GN