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Estudantes do Sertão pernambucano criam luva que estabiliza tremores em pessoas com Parkinson

Publicada em 22/07/2024 às 16:42h

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Estudantes do Sertão pernambucano criam luva que estabiliza tremores em pessoas com Parkinson

Alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) Professor Paulo Freire, localizada em Carnaíba, no Sertão pernambucano, criaram uma luva que consegue estabilizar tremores nas mãos de pessoas com Parkinson, doença degenerativa, crônica e progressiva, que afeta principalmente idosos. O projeto, chamado de GlovETE, foi desenvolvido com objetivo de mitigar um dos sintomas mais comuns do distúrbio cerebral. Enquanto diferentes luvas com o mesmo propósito já presentes no mercado podem chegar a R$ 8 mil, o protótipo feito no Sertão custa R$ 92.

 

O GlovETE foi criado pelos estudantes Danilo Morais, Felipe Santos, Gustavo Henrique e Rayane Morais no Espaço 4.0 da ETE, com orientação dos professores Gustavo Bezerra e Carla Robecia. A luva surgiu durante os encontros do clube de robótica da escola, a partir de um exercício de empatia dos alunos, após o professor Gustavo comentar que sua mãe estava em tratamento de Parkinson.

 

“Eu tive que faltar alguns dias pra levar minha mãe a um tratamento de Parkinson e, quando cheguei lá no clube, comentei com os alunos que ela estava enfrentando essa necessidade. Então, os quatro estudantes do grupo discutiram a possibilidade de encontrar uma alternativa na robótica. Achei muito bacana, porque, por mais que eu sempre tenha desenvolvido projetos com os alunos para resolver problemas da comunidade, eu nunca imaginei que pudesse ser um problema tão próximo a mim”, destaca o professor.

 

O protótipo utiliza conceitos de robótica e física aprendidos na escola, com um motor de HD de computador, que funciona como um giroscópio, garantindo a estabilidade da mão do portador enquanto gira em alta velocidade. “A rotação desse motorzinho na superfície da mão vai fazer com que o portador evite realizar movimentos involuntários, tentando controlar os movimentos causados pelo Parkinson”, explica Gustavo.

 

A luva foi construída com materiais disponíveis no Espaço 4.0 da ETE, como uma impressora 3D, furadeiras e uma microrretífica, ferramenta capaz de perfurar, escavar, cortar, lixar e polir materiais e superfícies em pequena escala. Os estudantes que desenvolveram o protótipo já concluíram o Ensino Médio e novos alunos da ETE trabalham para propor melhorias na luva, como reduzir o tamanho dela para ficar mais confortável.

 

Mesmo ainda em fase de aperfeiçoamento, o projeto já conquistou premiações, sendo um dos 50 melhores de 2023 no Solve For Tomorrow, prêmio da Samsung, e 1° lugar no QCiência, evento de ciência e tecnologia da UFPE.

 

Da redação do Blog Alvinho Patriota




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