Na próxima quarta-feira, dia 6 de março, Pernambuco celebra o dia da Revolução Pernambucana de 1817. A data é feriado no Estado desde 8 de junho de 2017.
Por isso, shoppings e o comércio de rua terão horários diferenciados de atendimento ao público. Confira a programação dos centros de compras no fim da matéria.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) estabeleceu a Lei Estadual 16.059, conhecida popularmente como a Data Magna, comemoração que relembra e valoriza a riqueza histórica do estado, sobre a formação da identidade do povo, além de estimular o debate cidadão sobre as conquistas alcançadas ao longo do tempo.
O estopim que deu início à Revolução Pernambucana de 1817, movimento que tornou o Estado uma nação independente durante 75 dias.
História
Desde a chegada da família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, as tributações sobre as capitanias aumentaram para manter os luxos da monarquia.
Pernambuco era o principal produtor de açúcar e algodão do país, mas suas riquezas eram todas convertidas em impostos para manutenção da Corte no Rio de Janeiro sem o retorno para a capitania em investimentos de melhorias.
Existia também um crescente descontentamento com o absolutismo da monarquia portuguesa. Para aumentar o clima de tensão vivido à época, no ano da Revolução,1817, tiveram vários problemas na produção de alimentos, devido a uma grande seca, que gerou aumento nos preços dos alimentos e a uma crise de abastecimento de produtos.
Para George Cabral, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco e membro efetivo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e da Academia Pernambucana de Letras, esses foram os fatores necessários para o início da Revolução.
''Havia um descontentamento muito grande por causa do excesso de tributação, da inflação e da escassez de alimentos. Isso explica a rápida adesão popular ao levante iniciado pelos militares do Quartel de Artilharia do Recife em 6 de março de 1817'', afirma.
''Os pernambucanos desejavam se livrar do governo monárquico e absolutista português, criando uma república regida por uma constituição. Havia também o desejo de abolir no prazo mais curto possível a escravidão. O projeto pernambucano incluía todas as províncias brasileiras que desejam se unir à nova república criada'', acrescenta.
Para isso, os líderes da Revolução Pernambucana, como Domingos José Martins, comerciante, José Barros Lima, militar e o Padre João Ribeiro, foram fortemente inspirados pelos ideais iluministas franceses, no qual filósofos como Rousseau e Montesquieu se destacam. Entre os principais pensamentos iluministas estão a igualdade entre as pessoas perante a lei, a livre expressão de seus pensamentos e a liberdade de escolha de seus governantes.
O legado da Revolução Pernambucana se faz presente em diversos monumentos artísticos importantes no Estado, como o Monumento aos Heróis da Revolução Pernambucana de 1817 de Abelardo da Hora, na Praça da República, e o vitral na entrada do Palácio do Campo das Princesas do artista alemão Heinrich Moser.
A Revolução gerou um impacto significativo na arte pernambucana. Este movimento revolucionário, marcado por ideais de liberdade, igualdade e independência, inspirou artistas a expressarem esses mesmos ideais, a Revolução Pernambucana gerou um ambiente intelectual e cultural mais propício ao surgimento de novas ideias e movimentos artísticos.
Comércio e centros de compras
Assim como todos os feriados, há uma modificação no horário de funcionamento dos shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) e também do comércio.
Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) e também do Sindilojas, Fred Leal, cada lojista decidirá se abrirá ou não o estabelecimento e como será o funcionamento no dia. Já shopping centers da Região Metropolitana do Recife abrirão com horário especial.
Fonte: Diario de Pernambuco