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Priscila Krause diz que situação do Estado é dificílima e Governo rebate acusações

Publicada em 27/12/2022 às 09:32h

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Priscila Krause diz que situação do Estado é dificílima e Governo rebate acusações
 (Foto: Foto: Arthur Souza/Folha de Pernambuco)

Quarenta e nove dias após o início do governo de transição e dias depois da entrevista em que o governador Paulo Câmara (PSB) garantiu entregar o Estado financeiramente equilibrado e com recursos em caixa, apesar das dificuldades, a vice-governadora eleita e coordenadora da equipe de transição do próximo Governo, Priscila Krause (Cidadania), afirmou ser "dificílima" a situação de Pernambuco e anunciou a urgência de "arrumar a casa". Declarou que a atual gestão acelerou contratos, licitações e ordens de serviço no fim do Governo. Adiantou já ter solicitado a suspensão de atos administrativos e assegurou o cumprimento das principais promessas de campanha. Em nota, o Executivo estadual rebateu as acusações.

 

 

 

 

 

 

"Será que se Pernambuco fosse, efetivamente, esse Estado apresentado pelo Governo atual e que está nas propagandas, o pernambucano estaria sofrendo o que sofre com desemprego, miséria, pobreza, violência e falta de oportunidade na geração de emprego e renda?", questionou Priscila Krause, observando que "há uma difscrepância muito grande entre números e realidade".

 

A vice-governadora calculou que só na parte de custeio há um déficit superior a R$ 3 bilhões no valor das obras previstas pelo Executivo. "Isso é preocupante." Ela apontou que um dos cenários mais graves está no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Segundo o relatório do próximo governo, o órgão tem obras estimadas em R$ 1,2 bilhão, mas apenas R$ 322 milhões estão reservados para o próximo ano. "Como terminar essas obras?", indagou

 

 

"Sim, nós estamos desdizendo, através de números, o que o governador disse. Pernambuco não é um Estado arrumado do ponto de vista fiscal e financeiro. A gente vai ter que arrumar essa casa", ressalta, considerando "pouco responsável" a atitude do Executivo nos últimos meses. "Pedimos a suspensão de atos administrativos, mas o que a gente viu, a despeito da nossa solicitação, foi a assinatura de contratos, ordens de serviços, desapropriações", pontuou. "A essa altura do campeonato, são coisas que só serão resolvidas no decorrer do próximo governo"

 

De acordo com Priscila Krause, a equipe de transição apurou que, desde outubro passado, foram publicados pelo menos 38 novos contratos de obras, totalizando R$ 328 milhões de novas despesas, além da abertura de 31 novos processos de licitação para obras que somam, quando os contratos forem assinados, mais R$ 284,8 milhões. A coordenadora avisou ter protocolado ofício ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), na segunda-feira (26), relatando a situação encontrada. Outros ofícios já haviam sido enviados. Um deles pedia a suspensão da contratação da obra no Complexo do Curado, assinada sem que se comprovasse a existência de recursos para executá-la. A votação da cautelar foi suspensa no início do mês com placar empatado. 

 

O relatório do futuro Governo registra ainda pelo menos 400 obras paradas, entre elas a Adutora do Agreste, uma estrutura que custou R$ 254,1 milhões, está prevista para ser entregue no começo de janeiro de 2023, mas ainda falta pagar R$ 10,2 milhões. O documento aponta também 78 mil pacientes na fila de espera por consultas e cirurgias; crescimento do endividamento da Compesa

 

Lei de Responsabilidade Fiscal

Agora, Priscila Krause quer saber se a Lei de Responsabilidade Fiscal permite deixar para uma nova gestão previsão de serviços, segundo ela, sem previsão financeira nem orçamentária. A futura gestora enfatizou ainda que mesmo diante das incertezas para 2023, as promessas de campanha serão consolidadas. "Aquilo posto como prioridade continuará sendo prioridade. A gente vai canalizar todas as nossas forças para que essas ações virem realidade no menor espaço de tempo possível do ponto de vista financeiro, orçamentário, administrativo e político".

 

Fonte: Folha de Pernambuco 




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