A ordem foi da cúpula da Globo.

Galvão Bueno jamais deve voltar a narrar jogos gripado ou sem voz, como aconteceu na partida da Libertadores entre Grêmio e Flamengo.

Ele não conseguiu narrar os gols do empate em 1 a 1.

Precisou se desculpar do vexame.

Por isso, ficou de fora dos amistosos do Brasil contra Senegal e Nigéria. O narrador não teve direito a opinar.

A ordem foi para se poupar.

Só narrar quando estiver bem.

Os executivos da emissora carioca parecem terem acordado. E percebido que Galvão tem 69 anos. O potencial de sua voz não é o mesmo há anos. Tanto que ele segue conversando cada vez mais durante as transmissões. Ele espera passar a ser comentarista depois do Mundial de 2022.

Com a aposentadoria de Galvão na narração se aproximando, há uma grande dúvida na cúpula de Globo.

Não há definição quem assumirá seu posto.

Luís Roberto e Cléber Machado não dividem, por acaso, o microfone nos raros jogos do Brasil que Galvão não narra.

Há grande dúvida sobre qual destes dois paulistas merece o posto do veterano carioca.

O próprio Galvão Bueno nutre grande simpatia por Gustavo Villani, que indicou para ser contratado da Fox Sports.

Ele é o mais novo dos três.

Tem 37 anos.

Luís Roberto tem 58 anos.

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Cléber, 57 anos.

Na busca por mais 'emoção', como gostam os executivos globais.

Daí cada vez mais as narrações, principalmente de Luís Roberto e de Villani, lembram transmissões radiofônicas. 

Com mais tom de voz muito mais alto que o normal, assim que a bola chega perto da área.

Desde 1981, a Globo se acomodou com Galvão BuenoDivulgação/Globo

E narrando até o que não precisa, imagens que a tevê mostra.

Milton Leite e Luis Carlos Júnior, que um dia estiveram no páreo, não estão mais. Ficaram restritos ao Sportv e ao Premiere.

A Globo começa de verdade a se preparar para não ter mais seu principal narrador.

Galvão Bueno chegou à emissora em 1981.

Nesses 38 anos, ele só ficou fora da Globo em 1992, quando se aventurou a transmitir pela rede paranaense OM. Foi um caos. Ele voltou a peso de ouro, no ano seguinte.

Agora, o problema é irreversível.

A idade...

Fonte: R7