Postos de gasolina em todo o país passaram a registrar queda nos preços dos combustíveis desde o início desta semana. A redução era esperada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e se deu em decorrência da lei sancionada pelo Presidente Jair Bolsonaro (PL), que fixa a alíquota máxima sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre bens essenciais, o que inclui os combustíveis, entre 17% e 18%.
Mesmo com a resistência dos governadores, que apontam perda de arrecadação causada pela medida, até ontem, 26 estados já haviam anunciado o cumprimento da lei. Resta apenas o Acre, cujo governador, Gladson Cameli (PP), diz aguardar que o Supremo Tribunal Federal (STF) pacifique o assunto. Reduções no preço já foram notadas em quase todos os estados.
No Distrito Federal, ontem, a gasolina comum podia ser encontrada a R$ 5,84, caso o motorista fizesse o pagamento por meio do aplicativo da empresa. O valor foi registrado no posto Shell da Brasal Combustíveis, localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Sem o desconto, a gasolina subia para R$ 5,99.
A diminuição dos preços no local atraiu motoristas que buscam economizar e acabou causando filas nas bombas de abastecimento. Agente patrimonial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), José Messias da Silva, 66 anos, não costuma abastecer no posto, mas foi atraído pelo baixo valor. “Moro em Ceilândia e sempre abasteço por lá. Mas vi o preço aqui hoje e pensei ‘Não, vou abastecer aqui logo'”, contou. Ele percorre 66km todos os dias e costuma encher o tanque três vezes por mês.